As sementes que nos permitem virar árvore

Olá

Bem-vind@ à primeira publicação do meu Blog! 

Para me estrear nas partilhas que farei contigo neste espaço, gostava de te falar das sementes que colocamos na terra algures lá muito atrás no tempo e que vêm florescer, muitos anos depois, com a força do destino!

Para isso, vou-te falar um bocadinho da minha história…

A forma como leio a minha vida diz-me que a primeira semente colocada na terra, que me trouxe até ao dia de hoje, foi semeada quando tinha 25 anos, no dia em que fui viver para a Polónia

Isto porque, além do enorme crescimento que a vida me trouxera, ao colocar-me a viver num país estrangeiro, onde mal se falava inglês, e totalmente sozinha, comecei a tomar como convicção inabalável de que eu sou a viajante e a própria viagem e, dada a minha essência reflexiva e perscrutadora, o processo que sempre existiu em mim de aprofundamento e de descoberta existencial começou a ocupar o seu espaço de importância, aos poucos no meu caminho.

Já sentiste isto na tua vida… um eco de coisa antiga, sábia e profunda a dizer-te que tu já não pertences ali?

Porquê que isto aconteceu nesta fase? Porque a vida sabiamente me conduziu para a necessidade de me pôr em movimento consciente…

A minha vida ‘polaca’ trouxera-me a necessidade de resistir ao facto de estar a viver completamente sozinha num lugar que apresentava vários desafios, como a falta de luz solar, as baixas temperaturas e a ausência de uma vida social, como outrora conhecera, e, por isso, comecei a ler ainda mais livros que me pudessem ajudar a compreender o que eu sentia e a potenciar a minha resiliência e o meu equilíbrio. 

Foi nessa altura que conheci o conceito de “Inteligência Emocional” de Daniel Goleman e que comecei a investir formalmente o meu tempo em desenvolver a minha capacidade de gerir as minhas emoções. 

Aprendi muito sobre mim nesses dois anos em que fui a minha principal companhia, não sem, como deves imaginar, descer ao meu submundo, com frequência, e revisitar muitas das minhas «sombras» e dores por curar. 

A verdade é que aos 27 anos, quando voltei a viver em Portugal, apercebi-me de que alguma coisa tinha começado a mudar profundamente na minha consciência, nesses últimos dois anos decorridos.

Em Astrologia, diríamos que tinha sido o regresso de Saturno a pedir o ajuste necessário para que eu ascendesse no momento certo…

Nessa altura, dei por mim, paulatinamente, a transformar o modo como via o meu papel de eterna aprendiz e comecei a descobrir-me, cada vez mais, como uma buscadora, que se reconhece na asserção:

“Nós não somos seres humanos a ter uma viagem espiritual; nós somos seres espirituais a ter uma viagem humana” (Theilard de Chardín).

Naturalmente, sentindo o chamamento por algo maior, depois de voltar para Portugal em 2007, a par do meu contínuo caminho pela formação académica, comecei progressivamente a fazer algumas formações em áreas relacionadas com o desenvolvimento pessoal, incluindo filosofias mais espirituais, procurando aprofundar o meu conhecimento sobre o ser humano, numa dimensão holística. 

Esta necessidade de buscar respostas e de conseguir a integração da minha autenticidade que se ativou ainda mais, com o passar dos anos, como uma urgência insaciável, levou-me a fazer diferentes mergulhos até ao dia de hoje… 

Mas a história sobre os despertares flagrantes do meu coração não estaria completa se não te contasse ainda isto….

Dez anos depois… em 2015, fui viver para Angola. 

Podia dizer-te tanto sobre esta aventura de alma e, mesmo assim, o que trago deste mergulho não cabe em palavras. Apenas te posso dizer que vi e ouvi histórias que me enriqueceram de forma ímpar como ser humano. 

Como bem sabes, nem tudo o que nos faz evoluir radicalmente se encontra nos livros ou em cursos.

Às vezes, surge mesmo pelas mãos das pessoas mais inesperadas, como uma criança seminua que te fica profundamente agradecida por tu lhe dares uma garrafa de água ou uma criança descalça, correndo por uma rua repleta de sujidade, invadindo a vida com a sua gargalhada e o seu brinquedo: uma borboleta morta, atada a um fio, a que lhe devolve o voo, momentaneamente, na sua brincadeira, perante o meu olhar estupefacto e sensibilizado.

Tão simples a vida nesses dias em que os nossos olhos humedecem ao olharmos para a alma humana e percebemos que estamos cá para dar e receber e que o que mais pode importar, enquanto cá estamos, é viver uma vida coerente com a nossa verdade interior. 

Estamos cá para sermos felizes e para ajudarmos os outros a serem felizes!

 Digo-te sinceramente: sou uma nova Andreia, depois desta janela africana a colorir os meus olhos com aquele eterno pôr-do-sol inigualável e o barulho estrondoso da vida animal na savana e os olhos profundos das crianças que não têm quase nada, a não ser um coração sonhador a bater. 

Sou a Andreia-gratidão!

Também nestes três anos absolutamente únicos da minha vida tive o privilégio de viajar muito e de conhecer muitos lugares na terra. 

Deixa-me partilhar contigo que realizei sonhos antigos e fiz coisas absolutamente incríveis que me fizeram sentir totalmente abençoada, como: 

* visitar um Santuário de Elefantes e tomar banho num rio com um deles;

* ir à Índia e fazer um retiro no centro do Osho;

* visitar o sítio onde Siddhartha Gautama, depois de iluminado, como Buda, falou pela primeira vez das Quatro Nobres Verdades;

* colocar os pés dentro das águas frias do rio Ganges, na nascente;

* avistar o Evereste de cima de um avião;

* sobrevoar as maiores quedas de água do Planeta Terra (Victoria Falls) num microlight, voando por cima de países como Botswana e Zimbabué;

* fazer safaris em diferentes savanas e estar perto de animais selvagens;

* dormir à noite no deserto da Namíbia, ao ar livre, e ver o céu desnudo para mim, num rendilhado de estrelas sem fim;

* tomar banho em fontes sagradas em Bali;

* sobrevoar, num helicóptero, a estátua do Cristo Rei, no Rio de Janeiro;

* ir finalmente à famosa “Avalon”, revisitando o imaginário da minha adolescência, e estar perto das pedras de Stonehendge;

* visitar o cabo da Boa Esperança ou a ilha onde Nelson Mandela esteve preso, durante sensivelmente 18 anos…

Percebes? 

Vivi tanto nestes últimos anos e, enquanto as novas histórias se colavam ao meu rosto e à minha alma, a vida amadureceu em mim o meu desejo de me cumprir ainda mais, porque o chamamento para dar esse passo nunca deixou de ser meu. 

Só que agora tinha mais histórias dentro de mim: tinha as minhas e as das muitas pessoas especiais com quem tive o privilégio de me cruzar e de aprender mais ainda. 

Tinha o curso da vida a correr por dentro da minha alma, como um rio encantado, e que me dizia que o tempo certo havia chegado para estar a tempo do meu propósito! 

Tinha a semente que me dizia ao ouvido que estava preparada para ser árvore!

Foi com essa vontade que voltei do continente africano em julho de 2018, totalmente acordada para aquilo que é um chamamento que existe em mim, desde sempre: ajudar pessoas a serem cada vez mais felizes. Não dava mais para não viver este sonho já! 

Tinha que começar a viver esta verdade do meu coração de um modo formal, já que informalmente sempre a vivi! 

Por tudo isto, se me estás a ler desse lado quero que saibas que sei do que te falo quando te digo que esse chamamento para seres tu mesm@ no mundo tem de ser vivido, por mais que já o tenhas adiado e por mais que as razões com que te escudas ainda te travem. 

A batida do coração da semente que chama por ti não pode ser adiada eternamente, não sem pagares um preço demasiado alto por essa recusa!

Não vieste cá para ser outra pessoa senão tu própri@, para dar vida à tua mais profunda e autêntica voz.

Dá-te à luz, pois és a semente à espera de nascer, e é esse também o teu propósito! 

Boa viagem, Caminhante!

Abraço de alma,

Andreia

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